quarta-feira, 15 de junho de 2011

Lo Cafés "impresso" 2: Desconstrução do eu{tu, ele, nós, vós, eles.

Olá, meus caros.
Essa é a 2ª edição do meu zine Lo Cafés "impresso". Ele vai estar disponível no café Casa da Ponte (Largo Marília de Dirceu, 18, Ouro Preto) e comigo; que vou rodar por aí oferecendo-os para quem eu achar que deve se interessar. O valor é espontâneo, logo, quem não quiser pagar nada pela aquisição, esteja a vontade.
Não fiz essa apresentação da 1ª edição porque foi algo muito espontâneo e corrido. Mas, depois da primeira tacada, fica mais fácil ter idéias, e agora elas têm vindo bastante até mim para as próximas edições.

Desconstrução do eu{tu, ele, nós vós eles.
Uma das primeiras idéias que vieram foi a de reunir numa edição, poesias que tivessem coerência entre si, e criar um tema que resumisse essa coerência; assim como nos álbuns musicais. Logicamente, a capa também tem a intenção de passar um pouco dessa idéia.
Na capa há também um dizer que funciona como um sub-título. Eu, até o momento, estou o achando desnecessário, mas vou esperar os comentários. Ele torna a compreensão do tema mais fácil, na minha opinião, mas pode também confundir alguns.


Enfim, espero que gostem.
PS.: To pensando num jeito também de fazer um "zine virtual". Se conseguí-lo, em breve posto aqui no blog.

Poesia? É tudo!

Besta? Besta é a minha empreita.
Ver um vulto nos pensares e correr
Mais ao vento que ao papel
Mas fazê-lo
Por tudo que já viu e perdeu
Para não mais sofrê-lo,
e ajuda, como ajuda.
Fica leve de levar comigo.

Mas é só ver
que tanta rima forçada
não passa de mágoa enferrujada
que tardo a tirar daqui
e mais vem pra me levar,
que eu pra carregar!
Poesia? Que nada.
É nada disso.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Poesia? Que nada.

Se vissem o que vejo
Poderiam sucumbir de encanto,
ou acabar na dor.
Se precisar, rastejar atrás da cura
pois não é das suas mãos que ela jaria.
É mais afundo, mais intenso.

Talvez resolvesse por mim
se visse você o que vejo eu
Pois não é só olhar ou enxergar
É até mais que perceber.
Fardo sim, mas não somente ruim,
como hei de saber?

Minha alma de poesia é cara
não credes que não ganho nada,
pois sim, afirmo!
De nada vale essa entrega ao lirismo.
Mas preciso, e assim sigo...

terça-feira, 24 de maio de 2011

Leveza

Pedi o grito pra soltar
Que aí o moço vem
Já que disse pra chamar
Caso estivesse sem ninguém

E aqui agora, sozinha
Tivesse uma blusa quentinha
Correria, pois é tudo o que me impede
Ir nesse frio, nessa caminhada judiada...

Mas, se não puder vir
me espere.
Dá-se um jeito
e bato a porta já.

De tudo que é ameaça

Não concebo minha calma.
_Que tortura é essa?
Que nada; há de entender.

É que as cortinas tampam o sol
Mesmo que o permita bater
E por mais que tente abrí-las
É sempre tanta preguiça
Mas só isso, nada mais que preguiça.

Por isso, entende?
Que ameaça.
De mim à mim mesma
Que não meço o quanto posso
E não ando, mesmo até o chão me ajudando
Curando meus calos com essa terra fofa.

Mas ei, o que é isso?
Sim! Está Lá!
Muito perto.
Não vê? Bem ali?

(Estão sim, se aproximando bem)

...

terça-feira, 17 de maio de 2011

Outro Eu

Barulho ensurdecedor, insuportável
De coisa nova querendo chegar
Mas canais entupidos, não há como passar
Então, tranca-se, novamente
Sorrateiramente... Enquanto ainda aguentar
Dessas tantas e tantas voltas
Que será que a faz ainda ficar?

Mas está vindo, caminhando
Tentou se apressar, e quanto tropeçou!
Então aprendeu que para digerir é preciso comer
E antes, lavar as mãos.

Mas que pensa com tantos devaneios?
Que coisas difíceis, não estás mais tão bem?
Não há de responder...
Pois sempre há o que fazer
Até eu que já conheço bem
Hesito em afirmar suas certezas...

Obs.: Ele(s) está(ão) chegando.

domingo, 8 de maio de 2011

Madrecita

Por mais que a deixa abandone
E os momentos não ocorram
Abro caminhos, então
Para que veja, aqui estou
Apesar da tempestade
Ou da falta de cumplicidade
És um laço infinito,
Muito mais que isso.
Seremos o que somos
Enquanto houver céu sobre a terra
Ou qualquer coisa a existir.