quinta-feira, 25 de novembro de 2010

#43

Se pudesse me entender no meu lugar
agradeceria.
Talvez poderia dizer-me
O que não soube perguntar
Até sem eu mesma saber do que se trata
Pois já me cansou demais
e farto de querer melhorar.

Se pudesse me entender no meu lugar
talvez seria você mesmo
o culpado que me tardo
a tentar te esquecer sem nem te conhecer
que se foi tão bom comigo ao longe
não bastara ser herói de alguém assim.
E tão mau que abandonou e me encostou
Tão fundo e quanto foi lá.

Se pudesse me entender no meu lugar
não estaria aí e sim aqui
Que não possuo noites boas
Se já tantas deu a elas
tanto de você, que custa me ajudar?
Tão triste implorar... Não me resta mais nada.
Tudo tento o tempo todo e só piora
Quando ao máximo expresso
tão pouco falo ou sou sincera.
E ai, meu maior desejo!
De todos mais fácil pros outros!

Se pudesse me entender no meu lugar
bastaria só me dizer o que fazer
pra melhorar.
De tudo já tentei
Já cansei, usei, acabei.
Não há mais o que tentar senão esperar.
 E tantas e tantas vezes mais tentar.

domingo, 21 de novembro de 2010

Para os espelhos

Não somos reflexos.
não há nada que nos force ou escravize
e há um mundo lá fora.
Tudo até hoje esteve fechado, e quantas e quantas vezes
até não aguentar mais...


De todas as vezes (sobre)vivi, e quero sair. Já saí, não importa o que force a voltar.

#42

Ignora-me mundo.
Pode dormir com essa dor?
Não acanha a você mesmo
nesta larga escala de culpa?
Por mim não seria de toda só
mas por si só faz o esperar...
que se mostra mais e mais...

Chega de dor.
Já traz o que te satisfaz
mas não faz o que gostaria,
pois aí sim seria, todo mundo meu.
E tiraria o brilho
do nada que eu vivo, e que mostra
a cara limpa de qualquer dúvida
Até o mais triste desapontar.

E são muitas, muitas!
Tanta elas quanto as outras
que me tratam como nada.
Pois é claro o tanto que me surpreendem
Até com nada me atingem.

E que falta dele.
Mais falta do que nada
pois nada é coisa séria
que ocupa lugar do tudo.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Nota de volta (preguiça e quaisquer versos)

Parece triste dar adeus
Me mostrou por muito tempo
E ao sempre do impossível, voltei
Aos belos cargos que conquisto aos dias.

Roda viva de vida, mais vida que a vida
E com mais cara de tudo.
Mais que a cara antiga,
desamada e desolada sopra, vai com tudo embora...
Enfim paz.
Por muitos quis ficar, mas é por me olhar
e reparar o que fui, que quis sair
Antes que fosse mesmo preciso partir,
Antes que tudo piorasse.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Canto

Oi meu cantor.
Me canta o encanto teu
Por falta da prece minha
Perdi teu eu em mim
Caminha-me a tu
Que me marca, mostra o meu eu
Pois quero viver
Viver com você
Pois sou de você.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

#39

Café ao relento, doce relento
Sorrisos estranhos falando
Coisas ao mundo voltando
caminhos fechando, fechando...

Belisco-me e lembro da vida
Onde parei? Por onde andei?
Tomei a poção, melhorei
mas sei que me machuquei.
Pior que mostrar o caminho
é apagar a luz e seguí-lo depois.

Mais cedo acordar pra lembrar
do antes amigo, ou simples acolhedor.
por não ter surpresas,
não dá dor. E que dor.

Vamos abrir a garrafa no caminho
por se paro não termino,
e cedo se vê meu acordar
feliz raiar, mais que todos antes.
Sem voltar, reclamar
só à frente. De frente.
Para frente.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Último dia de viagem

Por grande giganta não vi seu valor
é triste pois pois. Alegre depois
Que agora mudou e levantou
Até tarde lutou, assim quis
Meu estranho querer destruir
sair do casulo acolhedor.
Se gosto já sabe que não
Pergunte a qualquer um
Pois rima não mexe ao querer do poeta.
É a volta, a volta
Que dia, a quantos dias espero!
Só não o farei calada
ou tristemente amada pelo próprio dó.