terça-feira, 24 de maio de 2011

Leveza

Pedi o grito pra soltar
Que aí o moço vem
Já que disse pra chamar
Caso estivesse sem ninguém

E aqui agora, sozinha
Tivesse uma blusa quentinha
Correria, pois é tudo o que me impede
Ir nesse frio, nessa caminhada judiada...

Mas, se não puder vir
me espere.
Dá-se um jeito
e bato a porta já.

De tudo que é ameaça

Não concebo minha calma.
_Que tortura é essa?
Que nada; há de entender.

É que as cortinas tampam o sol
Mesmo que o permita bater
E por mais que tente abrí-las
É sempre tanta preguiça
Mas só isso, nada mais que preguiça.

Por isso, entende?
Que ameaça.
De mim à mim mesma
Que não meço o quanto posso
E não ando, mesmo até o chão me ajudando
Curando meus calos com essa terra fofa.

Mas ei, o que é isso?
Sim! Está Lá!
Muito perto.
Não vê? Bem ali?

(Estão sim, se aproximando bem)

...

terça-feira, 17 de maio de 2011

Outro Eu

Barulho ensurdecedor, insuportável
De coisa nova querendo chegar
Mas canais entupidos, não há como passar
Então, tranca-se, novamente
Sorrateiramente... Enquanto ainda aguentar
Dessas tantas e tantas voltas
Que será que a faz ainda ficar?

Mas está vindo, caminhando
Tentou se apressar, e quanto tropeçou!
Então aprendeu que para digerir é preciso comer
E antes, lavar as mãos.

Mas que pensa com tantos devaneios?
Que coisas difíceis, não estás mais tão bem?
Não há de responder...
Pois sempre há o que fazer
Até eu que já conheço bem
Hesito em afirmar suas certezas...

Obs.: Ele(s) está(ão) chegando.

domingo, 8 de maio de 2011

Madrecita

Por mais que a deixa abandone
E os momentos não ocorram
Abro caminhos, então
Para que veja, aqui estou
Apesar da tempestade
Ou da falta de cumplicidade
És um laço infinito,
Muito mais que isso.
Seremos o que somos
Enquanto houver céu sobre a terra
Ou qualquer coisa a existir.