sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Dor de mim

Há um alvoroço de dores
tão sérias e intensas que tampouco somem
logo acabam por deixar-te imóvel.
Não há mais o que fazer
Nem esquecer, o que o faz?
Se não queres melhorar?

É, de tanto pensar chegou a sangrar
E se pensa em estacar, já volta.
Que a maldita dor não me abandona
Nunca quis me tornar sua dona!
É modesta se não fosse tão dura
que o mais intenso reclamar a transforma e retoma
e não liberta-se da prisão que criou.
Se se transformou, adorou
Se adoraram, faz bem.

Persiste dor de tudo.
Já não cansou de mim?
Vá procurar tal outro abrigo
Que já foi meu tempo de querer.

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