sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

#45

Não foi justo ter me atiçado
Pra depois quão triste amargurado
meter-me entre o estômago.
De tanta lenha encinerou
E só devia ter maltratado
se ao acaso não pudesse mais me ver.
E agora?
Volto a esse mais infame proclamar:
quanta solidão.
Não há o que fazer se mesmo tentar compreender
pois não posso desintender o que entendo e te querer.
Sou a minha amostra mais real
de tão desleal e sincera comigo.
Pois assumo humilhada
Que não bem assim do nada
Mas porém voltei, a esse grande abismo de esperança
E que sede de criança depois de comer doce!
Se não sabe é só abrir
Pra tentar descobrir, que tanta rima forçada não passa de desgraça
Acumulada e enferrujada
Que não exito mais em expulsar.
Mesmo que me traga um belo tiro
de incertezas ou acertos novamente.

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