segunda-feira, 31 de maio de 2010

#6

Sou tudo do grande nada
Depende dos olhos de quem vê
Mas se não criar meios
Até se querer irá mesmo é morrer.
Não me deixaram como queres que penso
Se me forçam e não são,
É de tudo mordaçado
E não consigo ver mais.
Ao longo das sementes que trazem
E esticam ramos de sombra sobre mim
Não basta que calem-se
Que quanto faz sem pensar tanto
Que me tira de poços profundos e vês
Tal estado em púrpura desce o estandarte
E que haste proporciona a fita
Se passa em maus lençóis
E aos poucos consume muita seiva a mais
O que me resta de palavra
E salvação do que mesma criei
Mas sem contar nos fatos escuros
E insiste em saber que não existe
E disso sabes que sei bem.

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