segunda-feira, 25 de abril de 2011

Ouça, amigo

Tão estranho quanto sofrer
É não sofrer e não criar.
Simplesmente não sai, meu amigo!
E nessa força maldita que faço, não gosto
Desfaço, feneço!

Engraçado, né amigo.
Só no poço é que enchergo a luz
Que me tira do mesmo
Onde eu própria cavo
Mas condeno!
Tão impróprio quanto a vazão
pela parte de fora da razão.

Mas que faço, então?
Caro amigo.
Estamos num grande empasse.
Marcasse a hora certa ao menos
Que não me acostumaria
Com essa calmaria estando em tanta tempestade.

Mas quanto surpresa temos, querido amigo!
Nessa amargura toda, achar doçura
E melhor ainda, sem lambuzar
Ou abusar da estadia
E se esforçar pra ficar!

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