sábado, 30 de abril de 2011

#68

Desfarçar e evitar, mas mostrar
Naquele sorriso escondido
Entreabrido, meio assim, condenado...
Por não poder abrí-lo aos cantos
Pois barrancos nos aterrariam...

É proibido, por assim dizer
Por nossa condição combinada
Mais que acertada
Em permanecer discretamente
Por ruas de pedras frias que hão por aí

E quanta calma em nos chegar
Pertinho, quentinho, lá
Com tanta ventania nos empurrando
De todo é melhor parar
E deixar o nosso próprio tempo nos levar

Pois senão não haverá encoberta
E que será de nós, só nós?
Pois é o que somos
Não há mais que isso, sozinhos
Sem atropelar os próprios caminhos...

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