quarta-feira, 9 de março de 2011

#59

O grito me tomou por todas veias.
Quase explorou meus fundos segredos,
e me deixou por entregar.
Foi a minha mais profunda dor de agora
Que em chamas por dentro de mim está
Ao prestes explodir.
Que faço mais? Não há saídas enquanto
Desse tanto de cercas... Ao redor, completo!
Daninhas que não querem ver-me crescer.
Que custa ajudar?

3 comentários:

  1. Bonito, Sara.
    Mas seus escritos estão um tanto difíceis de ler, procure vê-los um tempo depois, deixe as palavras tomarem idade e faça uma análise onisciente, e você verá que estão mesmo difíceis de tragar. Procure saber mais acerca do Manuel de Barros; No mais, tente passar as coisas que você quer passar mais simplesmente, tenho certeza que você tem muito o que mostrar, escrever, transmitir, sendo você quem você é.
    Grande abraço.
    Juan Narowé

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  2. Oi Juan! Pois então;

    Eu sempre vi isso no que escrevo. Esse foi o principal motivo pelo qual passei anos concebendo-os apenas na minha intimidade, considerando que escrevo desde 12 anos essas coisas conturbadas, e que esse blog feito ano passado é a primeira vez que mostro-os aos amigos. Depois de muito pensar se deveria mesmo colocá-los à provação, decidi que sim, pois a maioria dessas palavras eu escrevo em momentos de profundo conflito interno (meu ou do meu lirismo, que vezes me pergunto se são a mesma coisa), e são as palavras perfeitas para traduzir o que se passa neses momentos, fazendo assim, da maneira que as consigo conceber, parte de mim. Sem contar o fato de que a forma mais artística e livre possível da literatura se mostrar é com certeza a poesia, ainda mais na concepção de poesia que foi formada após o modernismo. Em muitos de meus poemas eu digo do fato de, apesar de não gostar, achar que no final das contas sou uma pessoa complicada mesmo, mas que me vejo na necessidade de aprender a conviver com isso para que possa me sentir bem; e por isso digo que essas minhas poesias difíceis de ler e interpretar são mesmo uma porta para que entendam quem sou na verdade. Estou certa de que não será possível agradar a todos os leitores, hahahaha, mas espero de coração que depois dessas palavras você enchergue o meu jeito de escrever com outros olhos, não significando necessariamente que goste deles, é claro. (: Obrigada de verdade pelo toque, e saiba que o tempo todo eu busco me entregar à simplicidade que me faz bem, pois é certeza que a mesma é praticamente sinônimo de felicidade. Sou uma grande admiradora de Manoel de Barros, apesar de não conhecer muito da sua obra, e pelo mesmo fato além de sua indicação irei sim com muito gosto procurar ler suas concepções.

    Beijos, e até mais!

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