quinta-feira, 5 de agosto de 2010

#20

Não sei tirar difíceis acordes;
Não me dizem ao certo o que são
se me deixares a sós conversando
e falo muito.
Mais forte e intenso que tirar água do vento
Tão mais frio que uma cena de semi-amor cortada.

Flores ao enterro da vontade em mim
Não só digo o que me passa e o que será um dia.
Mais difícil estar de pé
que poderia estar ao alto vendo as coisas lá de cima.
Se prendem-me não denunciam
Pois convivem em meu canto ao que dá me soltar.

Se tiram não é covardia
odeio o dia que me torra a mente
se me saio em lenços, capas, chapéus
Tudo ao chão me olha, chama, e me despeço pois preciso ir.
Se me trava é bom olhar o que me torno?
Limites onde não há senso de paradas
nem descanso ou recanto de sombras ruins.

Vento fresco ao sair e me divirto
Não limito ao ponto de partir
Se me param repreendo, brigo e volto ao meu lugar
Tiram as correntes dos vilões
soltam o que há à vida de si e, não só a si.

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