segunda-feira, 31 de maio de 2010

Passeata

Tire um copo até transbordar
E acabar sem tirar marcas
Pois não foram propostas por mim
Que querer é morrer de dor.
Mas sem nada não se pode
Mesmo não sair do lugar
As coisas prendem esplêndidas
Até tirar que quanto mal faz,
E é claro o tudo que é.
São tubas a sinfonia de um terror
Sem lirismo sem sinais
Mas fundo de cair em si
E coisas que existem só aqui
Por me prenderem acham bem?
E aqui não vejo graça
Sem sair e passo sempre
Aguarde minha volta logo
Quanto medo cheira esse semblante
E vejam, sei a minha cura
Não passa de mimagem, é verdade
Tão fundo a uma poça d'água
E já sei
Se demorou não ligo
E saio aos poucos sem tirar as provas
Mas sem lembranças nunca é bom
E sabe que conheço bem os bens

Só não pise mais outra vez
Não precisa sentir que falhei
Passe entrando e tomando
Sem fingir e não cumprimentar.

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