quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

#55

Digo disso, desse abandono
Do descaso comigo, evito
Mas o final sempre é igual.

Houve quem disse "Mentira!"
Confirmo, calo, feneço
Mais nada falo... Guardo.
Mais tarde virá a sumir
Por não assumir agora, esse martírio
De tantas fases boas
Que saem da memória como águas
Desaguadas, guiadas pela rastejação.
Provável perguntar-me o que houve
Não hei de explicar!
Não por teimosia, mas agonia
Tanta e tanta rastejada!
Inriquir mais e mais... E quando para?
Se souber pare-me você
que forças as tenho esgotadas.

É cedo pra saber ou preparar
Dessas marcas funestas
Que trago escondidas, bem escondidas
e não verá, garanto
Pra não assustar.

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