quinta-feira, 14 de outubro de 2010

#32

Não presto mais serviços.
Disponível apenas a simultaneidade
Não há nada de valor meu
que possa valer toda a atenção em mim
E também não resta mais nada.

Não rastejo aos grandes
Pois pequena não sou
e nem grande. O claro
é a igualdade dos todos.

Mas tão claro que as vias não passam
Os olhos se fecham diante
A crista dislacera
Ao monte que chora e que ri - seguidos.

Se importa, quem importa?
Por cada um que faz a travessia
Não cabe julgar
Se não sabe o que diz
Pois não quer saber mais.
Tudo esgotado.
Tudo acabado.
E bem guardado, mofado inclusive.

Perca o que quiser
É o que resta em mentir e não sentir.

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