domingo, 12 de setembro de 2010

#23

Começo a andar no manicômio
Saí do túnel sugante de ares bons
Não se era nada de grandeza
A solidão as vezes aumenta

Pesava o cargo de pensante
Menor que o mundo escuro visto
Contra mim e o melhor que trouxe
Está fora do alcance fácil.

Sai e pouco volta
Atinge maltrata algo em mim
Que sai e quica e volta
E faz não viver, tira-me de mim

Porque é justo pensar que é certo?
Se acaba com momentos bons
Insere ilusão e conforta
Saber que há desiquilíbrio em mim

É tarde falar no presente
Que despeça como quiser
Mas faça proveito de como não me importo
Em ser sem o que resta pra fechar.

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